Educação física escolar e obesidade

Com a industrialização a obesidade vem crescendo de modo alarmante e várias são as causas sendo a de maior importância o sedentarismo. Com os avanços produzidos na tecnologia, computadores, jogos eletrônicos, novas tendências, novas formas de comunicação facilitam novos conhecimentos, porém modificam o estilo de vida do povo e as crianças e adolescentes, não ficaram de fora. O uso do controle remoto e do elevador fez com que fosse reduzido o gasto de energia. Nossa saúde sofre em razão dos confortos que a modernidade nos proporciona e que nos torna sedentários, diminuindo a cada dia o esforço físico. A pouca atividade física tem relação maior com a obesidade do que com o consumo alimentar. A obesidade é definida como excesso de peso que causa problemas à saúde das pessoas.

Em razão das consequências para a saúde e do grande número de pessoas obesas ou com sobrepeso, várias discussões vem sendo travadas. O seu diagnóstico e classificação identificam as prioridades e, um a das formas de controle, é a prática regular de exercícios físicos.

Com relação a crianças e adolescentes se os pais não são adeptos do exercício físico, naturalmente que os(as) filhos(as) os seguirão e o tempo disponível será aproveitado com atividades sedentárias como assistir televisão ou jogar no computadaor. Assim cada vez mais a criança e o adolescente vâo tornando-se a cada dia mais inativos, ociosos e doentes.

Encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, a força motriz, que mostra a Educação Física como a áreea de conhecimento que introduz o alunado na cultura corporal de movimento, com diversas finalidade e dentre elas a de manutenção e melhoria da saúde. Todavia, observa-se na atualidade, que há na escola um elevado aumento da obesidade e sobrepeso em crianças e adolescentes em razão do sedentarismo e da alta ingestão de alimentos gordurosos que podem acarretar enfermidades cardiovasculares. É claro que ninguém fica obeso da noite para o dia e dentre as causas que originam a obesidade além do sedentarismo temos: fatores genéticos, socioculturais e o mau hábito alimentar.

Fatores que contribuem para o surgimento da obesidade infantil e da adolescência:

Genéticos - Normalmente a obesidade começa na infância, assim, os(as) filhos(as) de pais obesos possuem maiores probabilidades de se tornarem obesos(as). É na infância que ocorre o aumento no tamanho dos adipócitos, ou seja, a hipaertrofia das células adiposas, bem como a hiperplasia, que é o aumento de células adiposas. A prevenção da obesidade na infância vai evitar que haja alteração nas células adiposas.

Peso ao Nascimento - De acordo com Halperns e Mancini (2000) há associação entre baixo peso ao nascer e diabetes melitus tipo 2, sendo que os bebês que apresentam baixo peso ao nascimento e têm uma rápida recuperação do crescimento e ganho de peso nos primeiros dois anos de vida, correm riscos mais acentuados de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Excesso de Alimentos - As calorias que são ingeridas e não consumidas pelo organismo, armazenam-se no tecido adiposo, em forma de gordura. Hábitos nutricionais familiares inadequados como alta ingestão de açucar, doces, gorduras e lanches calóricos fazem parte do cotidiano de muitas crianças desde o início da infância. Um alto consumo de calorias leva a múltiplas inplicações a longo prazo para a saúde.

Fatores Endócrinos - O metabolismo basal, quantidade de energia gasta pelo organismo em repouso, pode dimnuir se ocorrer distúrbios hormonais na tireóide. Poderá haver aumento no tecido adiposo caso ocorra deficiência do hormônio de crescimento ou excesso de insulina.

Fatores Psicológicos - De acordo com Guedes e Guedes (1998), é no campo psicoemocional, que ocorre a rejeição dos colegas, além da predisposição à depressão e de problemas de autoestima. A discriminação em razão das brincadeiras poderá causar frustrações, ansiedade e depressão, que poderão ocasionar distúrbios psicológicos.

Inatividade Física - A falta de exercícios físicos é um dos principais fatores de risco para desenvolver a obesidade. É fundamental a participação da família, pois a prática da atividade física vai ocasionar o gasto das gorduras e das calorias ingeridas em excesso. O exercício físico irá aumentar a resistência aeróbica que proporcionará além da perda de peso a diminuição da frequência cardíaca, um maior fornecimento de oxigênio para o coração tanto em repouso como no exercício, melhoria da irrigação sanguínea além do fortalecimento dos ossos.

É a partir da infância que se começa a guerra para vencer a obesidade, pois a chegada à adolescência com sobrepeso ou obeso, é grande a probabilidade da persistência da obesidade na idade adulta. O estímulo à atividade física e uma alimentação orientada com exclusão dos alimentos com alto teor calórico deve ser preocupação dos pais. Sabe-se que em relação aos genes nada se pode fazer, contudo em relação aos hábitos os pais podem e devem mudar para ensinar aos filhos, pois é a infância a fase em que o ser humano aprende. A escola deve ser parceira oferecendo aulas de educação física, bem como ofertando informações sobre alimentação saudável, que servirão de incentivo ao corpo discente.

(Artigonal SC #1107893)

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